
Porque é que te perdeste no caminho, se eu sigo em frente?
Ainda te espero na encruzilhada. Na esperança de ver-te surgir, aguardo o amanhecer. Choro a cantar as minhas mágoas, a ouvir soluçar a água nos beirais. No ar ainda pesa a humidade.
Porque é que o tempo não pára? Sofreria menos por não te ter, mas prolongaria a tua lembrança.
Os teus olhos perseguem outro caminho, que não o meu abismo.
A tua língua desenvolta em mil idiomas, que não percebo porque não aprendi.
O teu corpo ondula pelos campos, que não me pertencem.
A tua mente dispersa-se além do meu sentimento.
Vem comigo.
Sei que ainda te posso amar!