segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

O Tempo perguntou ao Tempo:


_Quanto demoras a entender que não dependes de mim? Segue o teu caminho, não te cruzes mais comigo, imploro-te! Não suporto o tic-tac, detesto contar-te!
Sirvo apenas para marcar distâncias, mas sirvo igualmente para todas elas! _ respondeu-lhe o Tempo. Os quilómetros têm-me como referência, os dias sou eu quem os faço e à vida, a essa marco-lhe o ritmo. Separo o presente do passado, as memórias da juventude perdida, os anseios do futuro. Vivo de emoções, o meu pêndulo sistematiza o amor, condensa o ódio e respira o esquecimento numa aura de perdão. Marco o curso da Humanidade, oriento a tua vida desde que nasces e continuo presente e vivo, mesmo depois de morreres. Por isso não me queres.

... goes to...





Entregues os "tios" Óscares, deixo-vos as fotografias dos vencedores.
Destaco Kate Winslet no papel da sua vida, talhado à medida do seu grande poder dramático. A personagem de Hanna Smitchz no filme "O leitor" permite-lhe expôr o corpo e a alma. Um filme que vai mais além da sala de cinema, que trazemos para casa e que temos na nossa vida de encontros e desencontros.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Sair da rotina


Este início de ano tem sido bastante agitado. Janeiro foi um mês impossível a estudar (foi coisa que não fiz) para os exames e a tentar cumprir os prazos de entrega dos trabalhos. Só de me lembrar que escrevi um trabalho de Psicologia do Desenvolvimento em menos de 24 horas até me arrepio...
Entre o trabalho e mais uma ou outra reunião, aulas e o regresso ao ginásio, na semana passada sai completamente da rotina. Aproveitando um motivo mais ou menos válido rumamos a Sul, perto de Aljezur, fazendo uma incursão ou melhor excursão pelo belo Litoral Alentejano. Nos 250 quilómetros que percorremos encontramos grandes variações de paisagem , e o dia fez "mil e uma caras", como se costuma dizer, pois parece que o clima acompanhava a mudança de paisagem. Apesar do frio que se fazia sentir, o Sol brilhou numas zonas e a chuva ameaçou fazer-nos deter a marcha noutras. De qualquer forma as gaivotas em terra anunciavam a força das ondas a rebentar junto a uma falésia em Porto Côvo, enquanto as ovelhas (que devem ser hipertensas por comerem erva tão salgada da água do mar) pastavam. Voltas e mais voltas, travão a fundo e as intermináveis curvas da estrada na Serra. Tudo valeu a pena... especialmente pelas delícias que se compuseram à mesa. Mas a Marioneta Pensante conta-lhe como foi...

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

A idade do céu


Não somos mais
Que UMA gota de LUZ
Uma estrela que cai
Uma fagulha tão SÓ
Na idade do céu...

Não somos o
Que queríamos ser
Somos um breve pulsar
Em um silêncio antigo
Com a idade do céu...

Calma!
Tudo está em calma
Deixe que o beijo dure
Deixe que o tempo cure
Deixe que a alma
Tenha a mesma idade
Que a idade do céu...

Não somos mais
Que um punhado de mar
Uma piada de Deus
Um capricho do Sol
No jardim do céu...
Não damos pé
Entre tanto tic tac
Entre tanto Big Bang
Somos um grão de sal
No mar do céu...

Calma!
Tudo está em calma
Deixe que o beijo dure
Deixe que o tempo cure
Deixe que a alma
Tenha a mesma idade
Que a idade do céu
A mesma idade
Que a idade do céu...

Calma!
Tudo está em calma...