quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Are we Human?

Pois aqui fica uma música que adoro. Tem boa energia. Ideal para o novo ano.O vídeo é bestial, diria mesmo que é um dos melhores do ano. Fica-lhe bem o casaco Alexander McQueen. E depois é sempre uma boa pergunta: Seremos mesmo Humanos? Com o que se vê do Mundo... tenho dúvidas.

Vejam o vídeo no Youtubinho que vale mesmo a pena http://www.youtube.com/watch?v=d97XFGR_IP0

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Realizações


Mais um ano que acaba... um novo ciclo começa.

Agora sei que sofro com a passagem do tempo, nunca me tinha apercebido de tal facto, mas é verdade. Não pela ruga no canto do olho que ganha mais "expressividade" quando observada de perto mas pela lembrança de momentos únicos que passaram e ficaram gravados na minha memória pelo que representaram, pelo que me fizeram ganhar (e nem sempre ganhei).

Nesta época de festividade, de aconchego da família, dos amigos, do calor das brasas, longe da frieza de alguns corações e de almas conservadas no no frost, de pedidos e desejos, de balanços mais ou menos desejados, constato que andamos todos à procura do mesmo, mas cada vez mais nos afastamos.

É uma rude tarefa ser feliz.
O melhor mesmo é não procurarmos a felicidade porque ela pode estar escondida, bom mesmo é ir vivendo ao sabor da brisa que passa. Quero deliciar-me com a alegria de ver nascer o Sol todos os dias e de me rodear de quem realmente me importa, mesmo longe estarão sempre comigo.

Feeling

" Os sentimentos perdem-se nas palavras.
Todos deveriam ser transformados em acções.
Em acções que tragam resultados."

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Strings



À falta de melhor, uma recente descoberta... Partilha de um amigo!

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Um grande, grande amor

Já vive lá em casa há nove anos, tantos quanto conta de idade e não é um animal de estimação. É uma cadela de raça desconhecida (como a designam na cédula mas nós lá no Alentejo dizemos rafeira mesmo) mas soube, a pouco e pouco conquistar o lugar de mais um membro da família. Tem-nos ensinado muito! Esta semana esteve super doente e pensei que a ia perder. Tive tanto medo...

domingo, 30 de novembro de 2008

Outro Outono

Se há coisa que gosto em Lisboa é a luz que inunda os dias de alegria, mesmo que seja Outono. E não me lembro, nos anos que vivo na capital, de sentir tanto o Outono como nestes dias.
Hoje acordei cedo, como de costume. Depois de bebericar o meu expresso corri para a rua e palmeei o Chiado de lés-a-lés à procura de não sei bem o quê. A chuva que caía miudinha foi engrossando e corri mais uns quarteirões com os cabelos ensopados de vida. Teimo em permanecer à chuva, ofegante, de olhar absorto nos prédios calcinados de antiguidade, empedrenidos de pó e memórias. Entre o desalento e a confusão, o cheiro a fumo, exalo o ar que me percorre, entre as folhas das árvores caídas na calçada. O Tejo cobre-se de um manto cinzento, cujas águas ondulam ao sabor da força da corrente do mar onde se entranha, como se estivesse possuído de prazer.
A chuva ainda não partiu. Parece que veio para ficar, dissipar o frio que se faz sentir a marcar o Outono. O cinzento das nuvens enche-me de nostalgia mas, o sentimento de renovação impõe o meu ritmo diário... Há que viver!

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Quero ganhar asas e voar

É no teu corpo que invento
Asas para o sofrimento
Que escorre do meu cansaço.
Só quem ama tem razão
Para entender a emoção
Que me dás no teu abraço.
Eu quero lançar raízes
E viver dias felizes
Na outra margem da vida.
Solta os cabelos ao vento
Muda em riso esse lamento
Apressemos a partida.
Aceita o meu desafio
Embarca neste navio
Rumo ao sonho e ao futuro
Corta comigo as amarras
Que nos prendem como garras
A um passado tão duro.
Esquece o tempo e a dor
Pensa só no nosso amor
Mulher dá-me a tua mão.
Sobe comigo a encosta
Porque quando a gente gosta
Ninguém cala o coração.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

O caminho


"É difícil percorrer o fio de uma navalha; tão penoso, dizem os sábios, como o caminho da Salvação."

quinta-feira, 6 de novembro de 2008


Oiço calado os versos do teu coração ecoarem tambores de celebração, de vida e de espanto. Não sei se vamos a alguma parte ou se vamos a parte nenhuma. Contudo, creio que a indecisão se repercute nas palavras que teimamos em calar. Prefiro ficar sentado com a cabeça encostada contra o vidro, sentindo as vibrações dos batimentos, da pressão do sangue que me estremece o corpo desabitado. O silêncio toma conta de nós. Não sei se o voltaremos a quebrar, falta-nos a coragem. Por enquanto, espero que a Luz nos ilumine...

sábado, 1 de novembro de 2008

Sim ou Não?


Agora sim, damos a volta a isto!
Agora sim, há pernas para andar!
Agora sim, eu sinto o optimismo!
Vamos em frente, ninguém nos vai parar!

Agora não, que é hora do almoço...
Agora não, que é hora do jantar...
Agora não, que eu acho que não posso...
Amanhã vou trabalhar...

Agora sim, temos a força toda!
Agora sim, há fé neste querer!
Agora sim, só vejo gente boa!
Vamos em frente e havemos vencer!

Agora não, que me dói a barriga...
Agora não, dizem que vai chover...
Agora não, que joga o Benfica...
e eu tenho mais que fazer...

Agora sim, cantamos com vontade!
Agora sim, eu sinto a união!
Agora sim, já ouço a liberdade!
Vamos em frente, é esta a direcção!

Agora não, que falta um impresso...
Agora não, que o meu pai não quer...
Agora não, que há engarrafamentos...
Vão sem mim, que eu vou lá ter...

sábado, 25 de outubro de 2008

50

"Depois pensemos, crianças adultas, que a vida
Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa,
Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado,
Mais longe que os deuses."

Ricardo Reis



A vida passa por nós, melhor quando estamos felizes junto de quem queremos e gostamos.
Os meus avós fizeram hoje 50 anos de casados. Um motivo para celebrar toda uma vida a dois, plena como o ar quente deste dia em que, há cinquenta anos atrás decidiram unir as suas vidas. E estavam tão felizes hoje! Como julgo eu que estariam no dia do seu casamento, um dia de Outono quente e solarengo como hoje. E existem fotografias a branco e preto desse dia colorido e alegre onde se veêm mais jovens, com uma pose mais marcada. Hoje têm rugas nos contornos do rosto, cabelos cinzentos e brancos enchem as suas cabeças que vivem debaixo deste Sol alentejano, mas o seu olhar continua cheio de vida e espero vê-los sorrir por muitos e bons anos.

domingo, 19 de outubro de 2008

A Luz...

Gosto do ar, do cheiro das árvores quando chega o Outono e do pesar da terra. Mas mais que tudo gosto da Luz que invade Lisboa neste final de tarde. O verde do Jardim da Estrela desmontado em sorrisos e energia de crianças que saltam, correm, gritam e riem e brincam. Dominam o espaço dos mais velhos, cinzentos, que se animam em mesas de pedra a jogar às cartas ou simplesmente em bancos de jardim solitários a verem o tempo passar. Pouca sorte a deles, que na cidade o tempo parece passar mais depressa, porque nos falta sempre tempo para tudo.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

PARABÉNS David


Estas fotografias revelam o talento de um jovem fotógrafo meu amigo, do qual estou super orgulhoso e também por ser um dos vencedores do Prémio BES Revelação. É merecido sim senhor!
O David mostra um olhar subversivo da fotografia expressa como primeiro olhar. Intervém nas suas fotografias de forma a desmistificar e a acrescentar elementos reveladores da sua primeira essência.
Agora só lhe falta ganhar coragem para me fotografar!

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Negras águas


Pus meu sonho num navio
E o navio em cima do mar.
Depois abri o mar com as mãos
Para o meu sonho naufragar.
Minhas mãos ainda estão molhadas
Do azul, das ondas, entreabertas.
E a cor que escorre dos meus dedos
Colore as areias desertas.
O vento vem, vindo de longe,
A noite se curva de frio.
Debaixo d'água vai morrendo um sonho,
Vai morrendo dentro do navio.
Chorarei quanto for preciso
Para fazer com que o mar cresça
E o meu navio chegue ao fundo
E o meu sonho desapareça.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Gavetas mal fechadas...


Às vezes desejamos que assim não seja, que a cómoda se acomode à nossa simples existência e que não deixemos gavetas entreabertas, abertas ou mal fechadas. Mas o certo é que, mesmo sem querer algumas acabam por nunca se fechar. Algumas vezes por vontade própria, com alguma finalidade ainda que, inconsciente, por algo que sentimos, fizemos ou queremos, decidimos aguardar o momento certo de a fechar. Outras vezes há em que, simplesmente não temos capacidade para as fechar, nem força física ou estrutura emocional. Esta é a estória da nossa vida... Acontecimentos sucedâneos com pontas soltas, farrapos onde serão mais fácil de prender as garras de uma qualquer bruxa intrigada e o nó da gravata que aperta o pescoço e nos dilacera as carótidas. Sugam-nos a vida, não nos deixam avançar. "Coisinhas" por resolver, de quem se acha bem resolvido é o que mais há nas nossas mãos. Devem ser o reflexo de como vivemos a nossa vida, não?
Oxalá fossem só um mero acaso.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Hoje... é para esquecer!



SÊ TU MESMO, SEMPRE. MESMO NO DIA EM QUE FORES DIFERENTE, CONSEGUIRÁS SER ÚNICO E NÃO APENAS MAIS UM TRAPO SUJO DO MONTÃO.

(Depois de uma aula de ética)

Tão pequeno como eu


Quando eu nasci,
ficou tudo como estava.

Nem homens cortaram as veias,
nem o Sol escureceu,
nem houve Estrelas a mais...
Somente,
esquecida das dores,
a minha Mãe sorriu e agradeceu.

Quando eu nasci,
não houve nada de novo
senão eu.

As nuvens não se espantaram
não enlouqueceu ninguém.
Para que o dia fosse enorme,
bastava
toda a ternura que olhava
nos olhos de minha mãe...

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Vuelve Conmigo



Olha para o que me deu esta noite!
Piroso?
Eu gosto da força da música, da magnífica interpretação e das palavras.

domingo, 5 de outubro de 2008

sábado, 4 de outubro de 2008

Caixa de Música

São tantos os momentos em que andamos às voltas com as mais variadas coisas e situações, momentos de inquietude que nos fazem duvidar que somos capazes de passar além da sombra. Mas, por vezes, superamos os nossos limites, vamos além do que sempre considerámos ser razoável e arriscamos a ser diferentes.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

All or Nothing

Aguarda-te ao chegar

Perco-me no silêncio da noite,
entrecortada na janela
à luz do lampião,
onde me debruço horas a fio,
entre os dias à tua espera.
Amarra âncoras e sai do rio
Vem calar-me a solidão.
Solta as palavras ao vento,
Que o meu fado quer ser canção.



Calas-me a voz, voz do olhar
Sinto que o tempo, tarda em chegar
Distante ausente, sinto apertar
O peito ardente por te encontrar
Na minha alma, que anseia urgente
Pelo momento de ter-te presente
Pelo infinito estendo os meus olhos
Num mar de mil desejos, aguarda-te ao chegar
Encho a minha taça vazia com perfumes de poesia
Bebo a saudade amarga e fria e então adormeço ao luar
Calas-me a voz, p'ra lá do tempo
Estrelas que caem por um lamento
Espuma na areia solta no vento
O meu silêncio meu sentimento
Em minha alma que chora vazia
Por um momento se acende a magia
P'lo infinito estende o meu sorriso
Num mar azul de sonhos, acorda-me ao chegar
Encho a minha taça ardente, com incenso doce e quente
Sirvo de beber a alegria que sinto ao ver-te a chegar
Calas-me a voz
Em minha alma que chora vazia
Por um momento se acende a magia
P'lo infinito estende os meus olhos
Um mar de mil desejos aguarda-te ao chegar
Aguarda-te ao chegar

terça-feira, 30 de setembro de 2008

10


Para acabar um dia estúpido, uma festa porque sim.
Um panfleto, jornal ou qualquer coisa parecida em forma de desdobrável descobria um cartão com o número 10. O aniversário da discoteca in de Lx, ou diria hip. Não sei, mas continua a valer a pena pela vista nocturna sobre o rio, azul veludo como a capa do filme Blue Velvet do David Lynch. É o lugar exacto onde me lembro sempre do fado "Sei de um Rio". Demasiadas referências, não?
Vi caras conhecidas, umas feias outras bonitas, outras ainda arranjadas, super produzidas, alguns que sorria, barbas de 3 dias, peles morenas, pernas descobertas, super sedosas so olhar, saltos de causar vertigens, uns trendy, outros casual, muito show off devido às más ou diferentes (isso já não sei) interpretações do convite. Continuam a sobressair aqueles que são naturalmente elegantes e isso, por muito mais que se tente é uma coisa natural que, como diz a minha avó, que é muito sábia: "Muitos, nem com ouro em cima!". Mas depois pensei que um ambiente tão heterogéneo é salutar. Aqui não é um tópico muito comum, mas a festa deu o mote e o Lux incutiu o espírito (foi e continua a ser um trabalho árduo que já conta 10 anos) de que cada um podia ser o que quizesse por uma noite, o que é fabuloso num país que já treme hoje de madrugada com a ameaça de crise financeira. Quanto a isso uma gargalhada, já que na festa foram escassas.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Há dias em que a minha estupidez fala por cima da censura. Hoje foi um deles. Mas também não será isso normal? Afinal sou humano, ou melhor, tento sê-lo!

domingo, 28 de setembro de 2008

Don't Give Up, You Are Loved!



Definitivamente gosto desta música.

Alvorada



Estas últimas semanas têm sido muito agitadas, de gritos mesmo, diria eu. Finalmente vou ter uns merecidos dias de descanso! Decidimos, Sexta-feira à última hora, ir passar o fim-de-semana ao Alentejo para repôr energias e encarar melhor a semana que se avizinha, rever a família, matar saudades da Nina, cantar os parabéns ao Gui e comer bem e dormir ainda melhor.
Hoje acordei, no meu Alentejo, na minha cama de sempre com o cheiro a ervas no ar. O mesmo cheiro que me invade as narinas sempre que saio da auto-estrada e abro os vidros do carro para arejar o seu interior, o mesmo que o meu pai comentava ainda ontem na esplanada, quando o Sol ainda não se tinha intimidado com a chuva miudinha que caiu hoje... Um cheiro fresco que me revitaliza e me anima em época SAD (Seasonal Afective Desease). Acho que, inclusivamente, me ajuda a decidir, a diferenciar, a pensar... e tantas e tantas coisas em que tenho pensado.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008


ÀS VEZES SINTO QUE CONSIGO TOCAR NA MINH'ALMA.

E Por Vezes...


E por vezes as noites duram meses
E por vezes os meses oceanos
E por vezes os braços que apertamos
nunca mais são os mesmos.
E por vezes

encontramos de nós em poucos meses
o que a noite nos fez em muitos anos
E por vezes fingimos que lembramos
E por vezes lembramos que por vezes

ao tomarmos o gosto aos oceanos
só o sarro das noites não dos meses
lá no fundo dos copos encontramos

E por vezes sorrimos o choramos
E por vezes por vezes ah por vezes
num segundo se evolam tantos anos

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Mad Mania


Gosto da Madonna.

Não é segredo para ninguém até mesmo porque desde a minha infância sempre fui um fã confesso da dita rainha da pop music ao ponto de toda a gente o referenciar e nunca ser muito difícil escolher-me um presente de aniversário, que qualquer disco da cantora assentaria bem.
Gosto de memórias do passado e por algum motivo certas coisas ficam gravadas a ferro e fogo na nossa mente. Eu lembro-me de várias, mas uma em especial. Lembro-me de nuestros hermanos espanhóis terem a visita de Madonna em 1990 durante a Blond Ambition Tour. Eu tinha 10 anos na altura e, a muito custo, lá fui convencendo a minha mãe a ficar acordado para assistir ao directo do concerto da diva (sim a TVE fez isso) a partir do Palau Saint Jordi de Barcelona. A Pepsi patrocinava essa tournée e vendiam-se réplicas da roupa interior usada por Madonna. A minha prima vestia-se como ela com uma saia de tule preta e tinha inclusivamente uma cruz pendurada ao pescoço e o cabelo loiro. Recordo-me perfeitamente de ficar extasiado ao ver a Madonna descer umas escadas com um fato riscado e do icónico bustier criado por Jean Paul Gaultier inspirado na lengerie e no espartilho. Tornava a cantora provocativa, sensual e dava-lhe um toque de modernidade que só conseguiria vir a entender mais tarde depois de ter passado a fase depurada e minimalista dos 90. Ela, realmente, consegue captar como ninguém as brisas intemporais de cada era e observa as pessoas da rua, cria o seu próprio espectáculo, reinventa-se, impõe tendências e estilos que perduram. Única e irrepreensível sabe de onde vem e para onde vai. Agora, à distância de uns largos anos e de uma semana do concerto no Parque da Bela Vista, nesse sítio horrível onde não voltarei nem sequer para a ver novamente (sim porque eu posso dizer que vi a Madonna e o concerto), consigo admirá-la mais que nunca. Uma mulher, mãe, cidadã do mundo, figura de importância social e grande poder interventivo, reconhece o Bem e o Mal, apoia incondicionalmente, humaniza, adopta uma criança e faz que o mundo se sensibilize para as catástrofes humanitárias e naturais. Monta o Maior Espectáculo do Mundo com sentido, carisma e humor, reparte alegria e emociona o público, emociona-se e afirma-se como a rainha incondicional, a verdadeira Master. Madonna é artista, reconhecida pelos próprios, faz da pop music um lugar distante de uma batida certeira e uma letra melodiosa, associa-se a quem melhor sabe, a quem mais tem de vanguarda e dita-lhes as regras. Ela quer, pode e manda, ela é a Madonna.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Reflexão

Por todos os motivos e mais algum que me possam ocorrer neste preciso momento resolvi transcrever esta reflexão que li no blog de alguém que me parece ter uma perspectiva super positiva sobre a vida e o ser humano. Numa fase em que toda a gente se tenta encontrar sem sequer se procurar deveríamos parar e reflectir, olhar para nós, para os que nos rodeiam, para os próximos e os mais afastados e ver aquilo que somos, o que queremos ser, onde estamos e para onde vamos. Mas sobretudo devemos agir sem medo. Fazer qualquer coisa nem que seja parar para olhar as folhas das árvores que começam a cair ou sentir como o vento frio já sopra e nos aconchegamoss tão bem quando caminhamos junto de quem gostamos...
"Depois de algum tempo, aprendes a diferença, a subtil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E aprendes que «amar» não significa apoiar-se e que «companhia» nem sempre significa segurança. Começas a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. E começas a aceitar as tuas derrotas de cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de uma criança e não com a tristeza de um adulto. E aprendes a construir as tuas estradas no hoje, porque o amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de se partir ao meio em vão. Depois de algum tempo, aprendes que não importa o quanto te importas, algumas pessoas simplesmente não se importam. E aceitas que não importa o quão boa seja uma pessoa, ela vai magoar-te de vez em quando e deves perdoá-la por isso. Aprendes que falar, pode aliviar dores emocionais. Descobres que se leva anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que podes fazer coisas num instante, das quais te arrependerás para o resto da vida. Aprendes que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que tu tens na vida, mas quem tens na vida. Descobres que os amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprendes que não temos de mudar os amigos, se compreendermos que os amigos mudam. E descobres que o teu amigo e tu podem fazer qualquer coisa ou nada para terem bons momentos juntos. E descobres que as pessoas com quem mais te importas na vida, são tiradas de ti muito depressa; por isso, devemos sempre deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vemos. Aprendes que as circunstâncias e o ambiente têm muita influência sobre nós, mas que não deixamos de ser responsáveis por nós próprios. Aprendes que paciência requer muita prática. Aprendes que quando estás com raiva, tens o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de seres cruel. Aprendes que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém; algumas vezes, tens que aprender a perdoar-te a ti mesmo. Aprendes que com a mesma severidade com que julgas, tu serás, em algum momento, condenado. Aprendes que não importa em quantos pedaços o teu coração foi partido, o mundo não pára para que o consertes. E, finalmente, aprendes que o tempo, não é algo que possa voltar para trás. Portanto, planta o teu jardim e decora a tua alma, ao invés de esperar que alguém te traga flores. E percebes que... realmente podes suportar... que, realmente, és forte, e que podes ir muito mais longe depois de pensares que não podes mais! E que, realmente, a vida tem valor, e que tu tens valor diante da vida! E só nos faz perder o bem que poderíamos conquistar, o medo de tentar!"

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Por entre a chuva


Caminho mais uns passos entre rasgos de chuva miudinha. Sinto as suas pequenas gotas humedecerem-me o rosto e apresso o passo para me resguardar no carro. Chave rodada na ignição e oiço os pneus chiarem pelo deslizar da borracha sobre a água que penetra no alcatrão ressequido. Agora as partículas de água deslocam-se contra mim em alta velocidade sem me tocarem, como se estivesse protegido numa cápsula do tempo, neste redoma de vidro onde o silêncio se quebra com o fado "A sós com a noite", mesmo a calhar para a ocasião. Antes assim fosse porque nos últimos tempo tenho contado as madrugadas no cumprimento do dever. Ainda estou ensonado, bocejo ao cair do sinal vermelho e procuro novo ponto de atenção. As pedras da calçada estão mais limpas que nos últimos meses, polidas pela chuva e iluminadas pelos faróis dos automóveis que parecem fazer clarear um dia que se adensa cinzento. Acelero e de novo as gotas correm sobre os vidros no sentido contrário e observo como se dissipam em gotículas, como caminham para a destruição. Merecia ser fotografado este acontecimento. Talvez um dia numa qualquer máquina de lavagem automática para automóveis.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Your arms around me



I was slicing up an avocado
when you came up behind me
with your silent brand new sneakers
your reflection I did not see

It was the hottest day in august
and we were heading for the sea
for a second my mind started drifted

You put your arms around me
You put your arms around me

Blood spraying on the kitchen sink
“What’s this?” I have time to think
I see the tip of my index finger
my mind is slowly creating a link

From your mouth speaks your lovely voice
the softest words ever spoken
"What's broken can always be fixed
what's fixed will always be broken”

You put your arms around me
You put your arms around me
You put your arms around me
You put your arms around

I must have past out on the porch
dreamt I was carried in a kangaroo's pouch
When I wake up I’m in the waiting room
on a dirty hospital couch

My hand iswrapped in toilet paper
and my body is wrapped in debris
you're sitting next to me reading the paper
I put your arm around me

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Florescer


Estas flores são fruto de muita preseverança. Confesso que já tinha pensado mandar fora o vaso com a ideia em mente de que, as suas vagens verdes jamais voltariam a florescer. No entanto, a espera veio a revelar-se frutífera. Após mais de um ano sem darem flor e com muito trabalho para manter a terra sempre húmida e as vagens expostas à luz vejo novamente estas belas orquídeas animarem a minha sala. O verde das estreitas hastes foi-se diferenciando em pequenos lóbulos que a pouco e pouco cresceram e abriram-se para a vida. Para além da forma invulgar e do magnífico colorido tropical, só agora reparei no seu cheiro intenso, mas próximo! Fiquei fascinado com este "novo" elemento (pelo menos para mim). Devo estar a perder qualidades porque precisamente o olfacto era o meu sentido mais apurado. Digo, era pelo óbvio inequívoco de que o ignoraria não fosse a minha fixação em manter estas flores.

Sei que tenho andado meio adormecido.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Procissão

Deambular por deambular, com um destino, mas apenas por andar por entre uma multidão de gente que se acotovela. Os pescoços esticados, erguidos na direcção do céu e os olhos cintilantes pela emoção ou pela fé. Ainda hoje me questiono sobre aquilo que a move, a ela, à multidão, ao povo.
O que é que me traz aqui?
O constrangimento de um sovaco que exala a acidez dos 36º Celsius, que ainda se fazem sentir. É de admirar porque já passam quase sete horas do meio-dia. Da metade deste dia, onde as andorinhas se queimam dentro dos seus ninhos, alimentam os filhos. Curiosamente estão em silêncio a esta hora, não chilream, não têm movimento. As que não cumprem o seu dever de mãe, contorcem as suas mínimas cabeças na sombra, nalgum ramo de uma qualquer árvore do jardim. As outras protegem os seus filhos, não sei se mães ou pais porque nunca consegui diferenciar o macho da fêmea. No entanto, presumo que sejam as fêmeas que alimentem as crias, tal como uma mulher alimenta um filho no seu ventre durante nove meses. Como às aves não lhes é permitido essa ligação, o privilégio de sentirem um ser desenvolver-se dentro de si, Deus encarregou-se de estreitar laços entre mãe e filho, certo que de outra forma, mas fê-lo. Uma forma externa e talvez por isso o desprendimento de não pertencer ao corpo de alguém não tem volta atrás. Mãe e filho deixam de se reconhecer a partir do momento que a cria consegue voar. Limitam-se a voar ao mesmo ritmo na sua romaria ao Sul no final do Verão. Mas é verdade que os preparam para a sua função, para voar. A mim ninguém me ensinou a viver. Também porque isso se vai aprendendo. Os erros sucedem-se e os momentos de felicidade acontecem, ocasionalmente porque nós os procuramos. E não devemos? A nossa missão não e ser feliz? Mas uma mãe está sempre lá a certificar-se que o caminho é o correcto, a preocupar-se por nós, pelo nosso saber ser e fazer. A partir do momento que existimos, que nos materializamos num ser visceral, que cresce dentro do seu útero, a missão daquela mulher é alterada, como que programada novamente numa linguagem de bytes no seu computador cerebral. Vivem para nos sentirem felizes.
Agora voam em bandos, suavemente junto às paredes de branco caiadas, matizam o céu azul, inócuo, mas pesado pelo calor. Já não estão em silêncio! Agitam-se em voos rasantes, dessincronizados, como que fugindo à propagação do som do estalar da pólvora. As que pousam nos ramos das árvores compõem uma sinfonia, vibrante, que ecoa nos ouvidos, milhares de seres dão vida às folhas quietas. As crianças assustam-se com os foguetes. Os cães ladram.
O ar ainda é pesado, mais pesado que a fé. Tocam os sinos! A multidão junta no adro da igreja espera pela imagem de Cristo a caminho do calvário. As suas almas vêm de perto, da freguesia e outras de longe, imigrantes que agradecem em preces as graças concedidas. As mulheres trajam roupas da última moda, desfilam a sua devoção e os homens mostram a sua força, carregam as imagens dos Santos.

domingo, 27 de julho de 2008

I Can't Find You

Percorremos mil caminhos em vão. Sei que os nossos destinos não se vão voltar a cruzar como naquele entardecer. Tolero a pena do desencontro só porque tem de ser, tenho de me conformar em ter-te perdido para sempre. Não sei onde estás, mas sei para onde vou. Penso em procurar-te em becos e florestas, numa qualquer madrugada ou no transcender do tempo que passa.
O comboio está de partida. No apeadeiro amontoam-se pessoas, vestidos cintilantes com os primeiros raios de Sol, gravatas mal apertadas, pastas esbeiçadas e óculos sujos. Vêm da periferia trabalhar. Os meus olhos procuram os teus em cada par que se cruza com eles. Não sei o que faço aqui, sei que preciso de ti! Vivo o vazio de um dia após outro, sentindo-me só. Outrora teríamos conquistado o mundo com os nossos sorrisos e olhares cúmplices. Agora não passamos de uma inválida promessa de encontro e despedida.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

O elefante na sala


Gosto dos origamis, da cor que imprimem à tridimensionalidade do espaço conquistado ao papel. Vejo imensos origamis, muitas formas, cães, gatos, estruturas orgânicas, átomos e moléculos, efeitos de alucinação, um devaneio de uma qualquer noite de Verão. Desenho os meus pensamentos entre caos, saudade, ternura e uma imensa vontade de me ultrapassar. Sei de um rio onde as únicas estrelas nele sempre revelado (como diz o fado) são imensos origamis a perder de vista, bolas de sabão soltas e pó multicor, brilhos dourados e um leve nevoeiro, crepitante ao passar do Cacilheiro.
Plim! Tchum! Poim! Poim! O meu corpo desloca-se, qual bola de Pimball, entre as formas, embatendo ao som de campainhas e perco-me a rir. Morri umas cem vezes... Não acredito em sonhos presos nas estrelas pousadas sobre o mar, acredito em mim!

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Cansado


Ir para a cama às nove da noite no Verão não é coisa muito comum em mim. Primeiro porque a essa hora começa a fazer-se sentir mais fresco e a brisa do rio invade a cidade, para nos aliviar e nos ajudar a respirar, já que o calor diurno só nos faz transpirar a roupa e colapsar os pensamentos. E depois porque poderia ter aproveitado para conviver. Há amigos que não vejo há décadas, apenas oiço a uns quilómetros de distância ou por incrível que pareça a uns meros metros de casa. Acho que a minha vida social é quase inexistente ultimamente ou mesmo nula! Enfim... constatações! Nada que doze horas de sono não ajudem a resolver. Era necessária uma revisão, pensar um bocadinho, pequeno como o ecoponto para não afectar este meu ar superficial e materialista. Depois acabei por adormecer na quinta página do Rio das Flores.

Bom...o calor aqui não tem sido tão agreste, apesar do bom tempo e do Sol raiar todo o santo dia com uma brutal intensidade que acaba por nos ferir os poros. Hoje, por acaso, está um dia triste, típico do despertar do outono esquecido. Não que esteja frio mas faz vento e, subitamente, o céu tingiu-se de nuvens carregadas que a qualquer momento parecem querer explodir.

É tudo o que se passa na minha Lisboa.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

quarta-feira, 7 de maio de 2008

La Loca


Uma brisa fresca toca-me a pele, enregela-me a ponta dos dedos e humedece a minha cara. É disto que melhor me recordo! A noite desaparece. À medida que caminhamos, os nossos risos confundem-se com os primeiros sons dos animais e olhamo-nos nos olhos, sem nos apercebermos que tudo ficaria ali, naquele instante mágico.
Agora, à distância de uns anos, consigo recordar muito pouco. A dose diária de lítio ofusca parte da minha memória, mas mantém-me mais lúcido instantaneamente. Deixei de ouvir aquelas vozes que me desesperavam, que me aceleravam o coração. As minhas inquietações agora são outras.
A Gabriela já não está entre nós. O Inverno passado, enquando se ultimavam os preparativos da festa de Natal, resolveu abandonar-nos. Agora estamos mais sós sem a sua loucura. Ela sim era louca!
Passávamos na Praça do Giraldo, entre o fumo das castanhas assadas que estalavam, e ali estava ela dentro da loja. Vestia uma camisa de noite de seda branca rematada a renda, já rota pelo passar dos anos ou pelo descuido, que transparecia o seu ventre. As fitas que a ajustavam no peito estavam soltas, pendentes como os seios à vista de todos. Ela sorria, apontava o dedo a quem passava e gesticulava, articulando palavras inaudíveis, abafadas pela distância de um vidro. Quando nos avistou começou a beijar o vidro, esborratando o seu batôn vermelho, manchando a parede transparente que a separava e sempre a separou da realidade. Foi como se um jorro de sangue abandonasse o seu corpo e o seu fluído de vida se espalhasse propositadamente ao acaso e que estivesse ali aos olhos de todos os que passavam. Sim, porque ninguém ficava indiferente e todos olhavam, para de seguida baixarem os olhos para não a provocar, diziam uns. Mas a maior parte deles tinha medo de se olhar na imagem de um espelho que poderia ser o seu, a ténue linha entre a razão e a loucura. Agora percebo que vibrava com este tipo de interacção, fazia-se notar, evidenciava o seu desespero de uma forma quase cruel. Impunha-se às pessoas que sempre a ignoraram. Mas era louca, mais uma entre nós.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Profecia

Para comemorar o Dia Mundial do Livro, escolho uma passagem do mais famoso Livro de Todos os Tempos _ A Bíblia.
" Feliz aquele que lê e aqueles que escutam as palavras desta profecia, se praticarem o que nela está escrito. Pois o tempo está próximo.
Ele vem com as nuvens; e todos O verão, até mesmo aqueles que O trespassaram. E todos os povos do mundo baterão no peito por causa d'Ele.
Conheço a tua conduta, o teu esforço e a tua perseverança. Sei que não suportas os maus. Apareceram alguns dizendo que eram apóstolos. Puseste-os à prova e descobriste que não eram. Eram mentirosos. És perseverante. Sofreste por causa do meu Nome, e não desanimaste. Mas há uma coisa que te reprovo: abandonaste o teu primeiro amor.
Vi, então, uma Besta que subia do mar. Tinha dez chifres e sete cabeças. E nomes blasfemos sobre as cabeças. A Besta que eu vi parecia uma pantera. As patas eram de urso e a boca era de leão. O Dragão entregou à Besta o seu poder, o seu trono e uma grande autoridade. A terra inteira encheu-se de admiração e seguiu a Besta, e adorou o Dragão por ter entregue a autoridade à Besta. E adoraram também a Besta, dizendo: «Quem é como a Besta? E quem pode lutar contra ela?» A Besta recebeu uma boca para dizer insolências e blasfémias. Então a Besta abriu a boca em blasfémias contra Deus, blasfemando contra o seu Nome e a sua morada santa e contra os que moram no Céu. Foi-lhe permitido guerrear contra os santos e vencê-los. Recebeu autoridade sobre toda a tribo, povo, língua e nação. Então todos os habitantes da terra adoraram a Besta. Mas os seus nomes não estão escritos desde a criação do mundo no livro da vida do Cordeiro imolado. Se alguém tem ouvidos, ouça: Se alguém está destinado à prisão, irá para a prisão. Se alguém deve morrer pela espada, é pela espada que deve morrer. Aqui se fundamenta a perseverança e a fé dos santos.
Vi, depois, um novo Céu e uma nova Terra. Nisto, ouvi uma voz forte que saía do trono e que dizia:
«Esta é a tenda de Deus entre os homens. Ele vai morar com eles. Eles serão o seu povo e Ele, o Deus-com-eles, será o seu Deus. Ele enxugará as lágrimas dos seus olhos, pois nunca mais haverá morte, nem luto, nem gritos, nem dor. Sim! As coisas antigas desapareceram!» A quem tiver sede, dar-lhe-ei a beber, gratuitamente, da fonte de água da vida.O vencedor receberá esta herança: Eu serei seu Deus, e ele será meu filho.
Quanto aos covardes, aos infiéis, aos corruptos, aos assassinos, aos imorais, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, o seu lugar é o lago ardente de fogo e enxofre, que é a segunda morte».
O Anjo disse-me ainda: «Não guardes em segredo as palavras deste livro, pois o tempo está próximo. Sim! Venho muito em breve".

sábado, 19 de abril de 2008

Come to me


Emigrado de outro mundo
abeira-te à minha costa,
que no silêncio profundo,
castrante da minha alma,
ouvirás uma resposta.

sábado, 12 de abril de 2008

Ténis novos

Nem acreditei quando ouvi o despertador esta manhã. Parece que tinha acabado de ir dormir, ainda com a lembrança que a mãe hoje faz anos. Há dua semanas atrás a esta hora ainda era noite. Hoje, a luminosidade já invade toda a casa. Enquanto ligava a máquina de café e ouvia sorrateiramente a Dianne Reeves, olhava pela janela, pensava no que iria vestir, pensava enquanto os anos passam depressa. O tempo é aquilo que nós fazemos com ele, se passa depressa é porque vivemos depressa. A água cai-me no corpo, desperta-me, apesar de quente. Visto-me e, hesitante, calço os ténis novos, brancos. Mais tarde rumaremos ao Sul.

quinta-feira, 10 de abril de 2008



Esta música já tem uns anitos mas é sempre inspiradora para dias como o de hoje!

Esperemos que nada seja em vão, que haja Sempre Alguém!

quinta-feira, 13 de março de 2008

Um tempo

Quero um tempo para mim,
Um tempo de paz
para pensar
no cheiro do jasmim
que a brisa me traz.
Outrora vinda de um jardim
que invento,
semeado de espanto,
de um apetite voraz.
Um campo aberto
à minha frente
como se quizesse,
de repente,
ganhar asas e voar.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Me an You

O despertador toca, praticamente, todos os dias à mesma hora. Rotina ou não, acordo ao som de um assobio... Tudo me lembra TU, o MEU outro EU, aquele que queria SER... Uma SUPERSTAR!
Your heart is broken, and you don’t seem to mind
I guess it happened a little too many times, too many times
You try and you got tired, those long a brighten stories
You weald a fire right under the snow
They don’t they don’t
How could they really know
They don’t
They don’t know how it really feels
They’re just on holidays
Like dummies filling landscapes
How could they see you cry?
Do you remember me?
I was the one that held you through
I held a spot light when you did that crazy dance
Dance with youI felt like superstars do
Me and youWe’re just like superstars
I was around you
You couldn’t really tell
I held you close while
While you drove, you just drove into hell
You know!
A kind of hurt that burns
A light that loves you blind
And while your feet go
They go deeper in the sand
You wave and drown
You rave to the crown that says
But they don’t know how really feels
They’re just here on holidays
Like dummies filling landscapes
How could they see you cry?
Do you remember me?
I was the one that held you through
I held a spot light when you did that crazy dance with meY
eah you did that crazy dance
You did that crazy dance with me
You did that crazy dance
Coz they don’t know how it feels
They’re just here on holidays
Like dummies filling landscapes
How could they see us cry?
Do you remember me?
I was the one that held you through
I held a spot light when you did that crazy dance to me
As I dance whith youI felt like superstars do
Me and you
We felt like superstars
Me and you

sábado, 19 de janeiro de 2008

Letter


Às vezes sinto uma enorme vontade de te escrever, escrever umas simples palavras só para dizer o quanto gosto de ti. Acabei por nunca o fazer porque acho estúpida essa ideia sequer ocorrer-me... Nunca te cheguei a conhecer, nunca me dei essa oportunidade. Afinal penso demais, sei disso! Vivo com medo, medo de sentir, medo da aventura e medo de mim. Medo da vida não me parece demais afirmar. No fundo, critico os fracos e os hipócritas mas sou um deles. Aliás, sou pior que eles porque falo demais e as acções ficam esquecidas, não por vontade própria, mas por falta de ousadia. Por isso, hoje escrevo-te para dizer que te amo.