domingo, 8 de abril de 2007

Fulgor


Há luz sem lume aceso
Mas sem amar o calor
À flor de um fogo preso
À luz do meu claro amor

Há madressilvas aos pés
E águas lavam o rosto
Dedos que tens em respeito
Oh, meu amante deposto

Não foram poemas nem prosas
Que colheste do meu colo
Foram cardos, foram rosas
Arrancadas do meu solo

Porque tu ainda me queres
O amor que ainda fazemos
Dá-me um sinal se puderes
Seremos amantes supremos

Será sempre a subir
Ao cimo de ti
Só para te sentir
Será do alto de mim
Que um corpo um só
Exala o seu fim.

Sem comentários: