quinta-feira, 17 de julho de 2008

O elefante na sala


Gosto dos origamis, da cor que imprimem à tridimensionalidade do espaço conquistado ao papel. Vejo imensos origamis, muitas formas, cães, gatos, estruturas orgânicas, átomos e moléculos, efeitos de alucinação, um devaneio de uma qualquer noite de Verão. Desenho os meus pensamentos entre caos, saudade, ternura e uma imensa vontade de me ultrapassar. Sei de um rio onde as únicas estrelas nele sempre revelado (como diz o fado) são imensos origamis a perder de vista, bolas de sabão soltas e pó multicor, brilhos dourados e um leve nevoeiro, crepitante ao passar do Cacilheiro.
Plim! Tchum! Poim! Poim! O meu corpo desloca-se, qual bola de Pimball, entre as formas, embatendo ao som de campainhas e perco-me a rir. Morri umas cem vezes... Não acredito em sonhos presos nas estrelas pousadas sobre o mar, acredito em mim!

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